Editorial: O mês da liberdade, vivido em clima de tensão
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O mês de abril tem um significado especial para todos os portugueses, por estar associado à Liberdade conquistada pela revolução dos cravos de 1974.
No meu entender, de todas as liberdades, a liberdade de expressão foi a mais revolucionária e, talvez, a mais emblemática.
Portugal era um país com os cofres cheios, mas estava atrasado em todos os quadrantes básicos de uma sociedade esclarecida e desenvolvida. Embora a situação tenha evoluído, é inegável que ainda hoje sofremos de algum atraso, perpetrado por alguns políticos do “quero, posso e mando”, ignorantes da sua acção e cientes que podem mandar nas pessoas sem lhes darem a liberdade de não concordarem, de se manifestarem, de terem opiniões diferentes.
O contexto do “quero, posso e mando” também me remete para a situação algo assustadora que se vive a nível mundial na sequência da invasão da Ucrânia pela Federação Russa que, entre outros aspectos, se tem estado a reflectir no nosso custo de vida, com tendência para piorar. Logo de início, a Amnistia Internacional entendeu que a invasão da Ucrânia pela Rússia foi uma clara violação da Carta das Nações Unidas e um acto de agressão que constitui um crime à luz do Direito Internacional, e apelou a que todos os envolvidos neste crime fossem responsabilizados pelas suas ações, devendo para o efeito ser invocada a sua responsabilidade pessoal, individual e colectiva, pelos numerosos crimes que têm estado a ser cometidos.
O nosso Presidente da República também já se manifestou e advertiu que os aumentos dos “custos na vida das pessoas já começaram e vão continuar nos próximos tempos". Na óptica de Marcelo Rebelo de Sousa, a guerra na Ucrânia, “além de ser um choque psicológico, político, diplomático”, é também um “choque económico, financeiro e social” que, apesar de “não se saber como é que acaba” nem que “custos terá”, terá impacto na vida das pessoas. Adiantando que “ninguém sabe medir” as consequências desta guerra, considerou que a Europa não estava preparada para as consequências, “sobretudo porque ainda se estava a fazer recuperação do tempo da pandemia” e sublinhou que os Governos estão a encontrar problemas ao nível da substituição de “fornecimentos que viriam da Rússia ou da Ucrânia” por “outros”.
Portanto, é num misto de sentimentos que este mês celebro a liberdade e condeno a guerra. Também celebro a Primavera e partilho convosco os acontecimentos, as iniciativas e os eventos que marcaram os últimos dias na região.
Destaco aqui aqueles em que o nosso jornal esteve presente: a Festa da Feira dos 19, no Paião, a comemoração do 65º aniversário da Associação Cultural, Recreativa e Desportiva do Louriçal e a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), entre outros.
Assinalo a acção de plantação de 180 árvores, realizada no Louriçal por ocasião do Dia Mundial da Árvore, entre outras iniciativas de relevo que o leitor poderá conhecer melhor ao folhear esta edição do seu jornal de eleição.
Que a leitura seja prazerosa e que nos voltemos a encontrar em maio.
O editorial também pode ser lido na edição impressa do mês de Abril, no Jornal Notícias da Sua Terra.
Diretor Geral, José Pereira
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